10 “Subgêneros” muito específicos do terror

Tem coisas que só acontecem em filmes de terror, né? E se reuníssemos alguns desses tropos específicos e transformássemos em subgêneros?

Se você é fã de filmes de terror, sabe que o gênero tem algumas particularidades. Estilos, subgêneros, estereótipos, tropos… O terror está permeado dessas características que o tornam tão especial. Longe de querer encaixar todos os filmes em caixinhas ou dividir os fãs, esses elementos ajudam a encontrar filmes que estão dentro do gosto de cada um. Alguns podem não gostar de sobrenatural, outros podem preferir filmes de possessão. E tudo bem, o terror tem um pouquinho de sustos e arrepios para todo mundo.

Mas e se nós reuníssemos algumas dessas qualidades e críassemos nossos próprios “subgêneros”, com aquilo que vemos repetidas vezes nos filmes ao longo dos anos que já são tão significativas dentro do gênero que forma sua própria categoria de filmes?

A Macabra selecionou dez situações muito específicas do terror que poderiam até se tornar subgêneros. 

O subgênero: “Tropecei enquanto corria”

Um dos grandes clássicos do slasher, as piadas com os tropeços em fugas já são velhas. Todo Mundo em Pânico fez um punhado delas ao longo de seus filmes. Mas, não podemos negar que essas cenas estão presentes até hoje em alguns filmes. Talvez haja algo na química dos cérebros das pessoas que, quando o instinto de luta ou fuga delas é acionado, e elas escolhem a fuga, acabam tropeçando nos próprios pés. Ou talvez seja só coisa de personagens de terror. Candidatos da categoria: Os Estranhos (2008), Halloween – A Noite do Terror (1978), A Morte do Demônio (2013)

O subgênero: “Espírito sim, maligno não”

Sempre tem um fantasminha camarada que quer ajudar os protagonistas a se livrarem do mal, não é? Gasparzinho, o casal Maitland, são todos bons amigos da vizinhança. É sempre importante lembrar: não é porque há um espírito na casa que ele é maligno. Mas, por via das dúvidas, é sempre bom checar (e tome muito cuidado em quem você confia, se não pode acabar com uma Annabelle em casa). Candidatos da categoria: Gasparzinho – O Fantasminha Camarada (1995), Os Fantasmas se Divertem (1988), O Sexto Sentido (1999), Mansão Mal-Assombrada (2023)

O subgênero: “Atraio assassinatos porque sou azarado”

Você, certo dia, está triturando lenha naqueles maquinários pesados que não deixam nada que entre neles maior que uma lasquinha. Então, você não percebe, mas uma pessoa acabou caindo dentro do seu triturador! Ou ainda um jovem acaba se empalando em uma árvore, e quem acaba levando a culpa é você. Você estava vivendo sua vida tranquilamente, mas alguém acabou morrendo e dizem que a culpa é sua? Pode acontecer. Candidatos da Categoria: Tucker and Dale vs Evil (2010), Os Espíritos (1996)

O subgênero: “Eu saí do seu corpo, você tem que me amar”

Nosso corpo pode produzir muitas coisas estranhas — Bad Milo que o diga —, e nem sempre lidamos com elas da melhor forma que deveríamos. Às vezes, o problema não é nem nosso corpo, e sim um corpo maligno que acabou se desenvolvendo junto a ele — Gabriel e Belial são os maiores exemplos dessa história. Alguns desses casos procuram vingança, outros só procuram carinho. Independente de qual for o caso, é sempre bom procurar um médico. Candidatos da categoria: Bad Milo! (2013), Maligno (2021), Basket Case (1982)

O subgênero: “Que bom pra ela”

Esse aqui tem feito um sucesso tremendo nos últimos tempos. É uma forma catártica de alegria quando vemos uma personagem que tinha tudo para sofrer nas mãos de alguém — marido, noivo, família, amigos — dar a volta por cima. Tudo bem que às vezes isso acontece por meio de tramoias, trapaças e crimes. Mas bom pra ela! Candidatos da categoria: A Bruxa (2015), Midsommar (2019), Garota Exemplar (2014), Nós (2019), Casamento Sangrento (2019), O Homem Invisível (2020)

O subgênero: “Saia imediatamente desta casa!”

Quantas vezes você já não se pegou gritando para um filme de terror: “O que você está fazendo??? Saia dessa casa agora!!!”. É desesperador, não é? Muitos críticos já se debruçaram sobre a questão de — principalmente — norte-americanos adorarem permanecer nas casas que custaram uma pechincha (por um bons motivos, eles logo descobrem). Então, sempre se lembre: comprar uma casa em troca de dez reais e um sanduíche de presunto não é uma boa ideia. Candidatos da categoria: Terror em Amityville (1979), Poltergeist (1982)

O subgênero: “Você tem certeza que deveria entrar nesta casa?”

Primo não muito distante do “Saia imediatamente desta casa” é o “Você tem certeza que deveria entrar nesta casa?”. Há algo mágico no universo do terror que é a curiosidade que, constantemente, mata um gato ou outro. Estudos paranormais ou até mesmo a mais pura bisbilhotice levam a criaturas desavisadas a se arriscarem em algum lugar que foi palco de atrocidades indizíveis. Candidatos da categoria: A Casa da Noite Eterna (1973) e Desafio do Além (1963). 

O subgênero: “Essa senhorinha é inocente ou tá se fazendo?”

Tudo bem, idade não necessariamente quer dizer sabedoria — e nem bondade. Às vezes, enquanto vemos um filme de terror, aparece uma senhorinha boazinha e pensamos “ah, que fofa!” e ela acaba se tornando um monstro repugnante que dá um baita susto em nossas pobres almas desavisadas — quem não se lembra daquela cena em It – Capítulo 2 (2019)? Candidatos da categoria: A Visita (2015), X (2022),  Hereditário (2018)

Objetos Assassinos

Qualquer coisa pode ter potencial mortal em filmes de terror. Qualquer coisa mesmo. Camas, sofás, tomates, calças jeans. Candidatos da categoria: Rubber, O Pneu Assassino (2010), Slaxx (2020), Vestido Maldito (2018).

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O subgênero: “Não é bom, mas não é ruim”

Os fãs de tranqueiras vão se sentir representados por esse “subgênero”. Sabe quando você gosta daquele filme indefensável, mas que você tenta recomendar e defender mesmo assim? Você sabe dentro do seu coração que ele não é bom, mas você quer que todos vejam — e fica extremamente irritado quando seus amigos acabam assistindo e falando mal do coitado incompreendido. Não teremos candidatos aqui, mas você sabe de qual filme estamos falando (no seu coração, você sabe!).

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E você, qual “subgênero” muito específico você criaria para o terror?  Comente com a Macabra no Twitter e Instagram.

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Acordo cedo todos os dias para passar o café e regar minhas plantas na fazenda. Aprecio o lado obscuro da arte e renovo meus pactos diariamente ao assistir filmes de terror. MACABRA™ - FEAR IS NATURAL.